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Figura 1: Incidência
Médio-Lateral Oblíqua (MLO).

Figura 2: Incidência
Crânio-Caudal (CC).
 
Figura 3: Mamogramas
com Incidência Médio-Lateral (ambas as ma- mas)
 
Figura 4: Mamogramas
com Incidência Crânio-Caudal (ambas as ma- mas)
Figura 5:
Ilustração de
um mamógrafo
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A mamografia constitui uma forma
particular de radiografia, que trabalha com níveis de tensões e correntes
em intervalos específicos, destinada a registrar imagens da mama a fim
de diagnosticar a presença ou ausência de estruturas que possam indicar
doenças. Em uma mamografia, duas incidências de cada mama são indispensáveis:
uma visão lateral ou oblíqua e uma crânio-caudal (Figuras 1 a 4). No entanto,
a incidência médio-lateral-oblíqua é a mais eficaz, pois ela mostra uma
quantidade maior de tecido mamário e inclui estruturas mais profundas
do quadrante súpero-externo e do prolongamento axilar, enquanto a crânio-caudal
tem como objetivo incluir todo o material póstero-medial, complementando
a médio-lateral-oblíqua.
O Sistema
Mamográfico
O
equipamento (Figura 5) dedicado à mamografia não é o mesmo utilizado pelos
sistemas de raios-X convencionais, possuindo características próprias,
pois a imagem gerada deve ser de alta resolução para que se possam visualizar
as estruturas mamárias que, por sua vez, são compostas de tecidos moles,
cuja diferença nos níveis de absorção de raios-X é pequena
entre si. O compartimento de compressão é um acessório do sistema mamográfico
e tem como função comprimir a mama por uma placa de um material radiotransparente
até que se consiga a menor espessura possível. Ele é responsável por melhorar
a resolução, levando as estruturas da mama mais próximas do filme, por
evitar a movimentação da mama, conseguindo assim uma dose menor de radiação.
Isso diminui a espessura da mama, separando estruturas superpostas e ajudando
na diferenciação entre massas sólidas e císticas.
Uma característica particular do equipamento mamográfico é a modificação
do tubo de raios-X: enquanto geralmente é usado tubo de tungstênio nos
sistemas convencionais, o mamógrafo utiliza tubo de molibdênio. Isto porque
o feixe produzido num tubo de molibdênio tem um espectro que o aproximam
de um feixe monoenergético, o que é conveniente no caso de radiografia
de mamas devido aos tecidos que a constituem. Outra característica peculiar
é o campo de radiação que, no mamógrafo, é só um pouco maior que
a metade do campo dos sistemas convencionais. Para se conseguir isto,
utilizam-se colimadores de feixes e restritores, que são uma espécie de
direcionadores do feixe de raios-X, e barradores de radiação. Eles ajudam
a diminuir a dose de radiação ionizante em outras partes do corpo da paciente
e também colaboram com a melhoria da imagem. Os filtros, que geralmente
são de molibdênio, com cerca de 0,03mm, são os responsáveis por impedir
que os fótons do feixe que nada acrescentam para o diagnóstico atrapalhem
na formação da imagem e atinjam a paciente se somando à dose de radiação
recebida. O ponto focal é outro fator de grande importância no sistema
mamográfico; ele deve ser bem pequeno, pois estruturas de até 0,3 mm de
diâmetro, como as microcalcificações, por exemplo, devem ser possíveis
de visualizar.
O chassi mamográfico apresenta um écran intensificador que, ao contrário
do convencional, se posiciona em baixo do filme. Os fótons atravessam
o filme, chegando pela sua base, atingem o écran, transformam-se em luz
visível e são refletidos de volta, impressionando o filme. Esse posicionamento
é utilizado para evitar o efeito "crossover" (fenômeno do filme
ser impressionado duas vezes pelo mesmo fóton de modo que isto possa causar
uma certa penumbra na imagem, deteriorando a resolução), e também
para ajudar na obtenção de uma melhor resolução da imagem e prevenir uma
grande absorção de fótons antes que eles se encontrem com o filme, pois,
como os raios-X na mamografia são de baixa energia, um simples écran poderia
absorver mais que 50% dos fótons que chegam nele.
O mamógrafo deve ser operado com potência constante ou trifásica, cujo
feixe de raios-X tem maior poder de penetração. Geralmente
a tensão usada para mamografia varia de 25 a 50 kVp (entre 28 e 32, para
a maioria dos exames), valor que depende normalmente da espessura da mama
(que normalmente, depois de comprimida, fica entre três e oito cm).
Fontes:
http://www.hps.com.br/medicinanuclear/mamoalta.htm
MITCHELL
JR., G.W. Mastologia Prática. Revinter, 1988.
Fotos
retiradas do site do USPAR - Centro
de Diagnósticos
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